Info Atualidade (450)

ETIMOLOGIAS obscuras ou esconsas

Eis uma presa de etimologias achadas ao longo de trinta e cinco anos de pesquisas, muitas já publicadas em atas de congressos, em revistas, no livro sobre As tribos calaicas ou na Rede. As notícias certamente valem se atinam, mas é que estas ainda não tiveram a ocasião de serem refutadas.

Dificuldades há, muitas e complexas. A cultura galega não é viável na conjuntura. As periféricas no estado espanhol não fruem de muita simpatia. Aliás, a projeção da língua portuguesa no mundo ainda não tem o peso proporcional à dimensão demográfica. Lavrar nessa seara não é apenas um labor necessário. Também é labor que dá felicidade, o que é prova da certeza da singradura. E já se sabe que navegar é necessário.

A ordem foi complexa. Reflete o tempo em que essas origens foram surgindo. Repeti, isoladas, algumas já inseridas em conjuntos, se a importância aconselhou salientá-las: eis os vocabulários do calçado arcaico e o da insânia. A preguiça e a imperícia são as autoras do resto das mágoas. Se há mérito é o da ingenuidade e a ousadia; o pecado que não quis cometer é o de calar o que me parecia claro, mesmo sem os antecedentes do académico decoro. Prefiro ser o rapaz que vê a nudez do rei e correr o risco de ficar envergonhado.

Ao cabo surge um quadro nítido da situação linguística do oeste da península (também do resto) no milénio primeiro. Foi surpreendente dar com provas da pervivência de uma língua indo-europeia pré-romana de tipo céltico até os arredores do ano mil, coexistindo com um latim republicano assaz arcaico. A língua pré-romana mostra um perfil próximo do céltico goidélico. Foi falada por toda a península, como materna ou como franca (nos iberos e bascos). Por muito tempo pôde evitar-se a questão sob pretexto de as palavras pré-romanas óbvias serem de datação impossível. Assim ficava inconteste a ideia de a latinização ser quase fulminante.

Mas ora antropónimos (Orraca, Ordonho), topónimos (Samos) e apelativos (esquerda) destruem o cómodo da data incerta e desafiam qualquer a rebater. A par, muitas outras palavras roboram mais cada vez a condição céltica da língua tanto tempo esquecida, céltico de labiovelar intacta, de tipo goidélico. O número de palavras do fundo céltico é esmagador. A falta no nosso âmbito de estudos sistematicos de linguística céltica somente em parte pode explicar um silêncio tão prolongado, que cada vez se parece mais com a nudez do rei do conto de Andersen.  

 

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Galego porta aberta ao mundo

OBJETIVOS


Hoje a língua galega experimenta uma situação crítica: todos os indicadores alertam sobre o seu esmorecimento progressivo, especialmente entre falantes jovens. Como
símbolo de identidade coletiva nuns tempos onde o termo nação suscita controvérsias, as políticas ensaiadas para a sua promoção e dinamização não semelham ter produzido resultados satisfactórios. Nesse contexto, o curso Galego, porta aberta para o mundo tenciona abrir um debate entre diferentes agentes sociais, políticos e culturais e analisarmos as hipóteses de promoção da língua à luz da Lei Paz Andrade, aprovada no Parlamento Galego, e destinada a introduzir o português na educação e nos meios de comunicação para frear a morte da língua desenvolvendo as suas possibilidades internacionais. O galego internacional implica aceitar uma comunidade de variantes na lusofonia que apaga fronteiras numa sociedade cada vez mais interconectada, dinámica e plural. As suas vantagens culturais e económicas, os seus alicerces filológicos e sociolinguísticos e a sua potencialidade para revitalizar o idioma serão estudados com detalhe. Explicarmos o como e o porquê desta opção, estudarmos as suas consequências no ensino, nos produtos culturais e simbólicos e na realidade económica imediata, sem excluirmos as posturas críticas ou céticas tornou-se numa questão fulcral para a sociedade galega atual; um assunto, aliás, que liga o passado com o futuro, o nosso território e a nossa cultura com outras
geografias e perceções da realidade, visando recuperar o papel da Universidade como espaço de ponte entre as teorias académicas e o bem-estar social.


PROGRAMA


26/06 Do que estamos a falar


9:30         Inauguração a cargo de Valentín García, Secretario Xeral de Política Lingüística.


10-11:30: Os grupos políticos e a Lei Paz Andrade. Mesa redonda.

Moderador: Ângelo Cristóvão, vice-presidente da AGLP.

Participam: Concepción Burgo (deputada no Parlamento Galego, PSOE), Ánxeles Cuña (deputada no Parlamento Galego, En Marea), César Fernández Gil (deputado no Parlamento Galego, PP), Olalla Rodil (deputada no Parlamento Galego, BNG).


12-13:30: Pode ser o galego uma oportunidade? Valentim R. Fagim (prof. de português na EOI) e José Ramom Pichel (engenheiro informático).


16-17:30: Que foi do português no ensino? Mesa redonda.

Moderador: Carlos Quiroga (prof. da USC).

Participantes: Miguel Rios (prof. de ensino secundário) Carme Saborido (prof. de ensino secundário), Carlos Valcárcel (prof. da UDC).


18-20:     Empresas que prometem romper fronteiras.
Participantes: Paulo Cundins (Dinahosting), José Ramom Pichel (imaxin/software), Ramom Pinheiro (aCentral Folque), Manuel Vázquez (Rede Galega de Empresas).


27/06 Estratégias para internacionalizar a língua 


10-11:30:     Aprender e desaprender galego-português a toda a rapidez. Antia Cortiças e Valentim Fagim (professores de português na EOI).


12-14:00:     Dinâmica de grupos: o dilema de mudarmos de hábitos. Sabela Fernández (prof. de ensino secundário) e Teresa Moure (prof. da USC).

 

16–17:30: Como nos vêem lá fora? Marco Neves (prof. na Univ. de Lisboa) e Joana Magalhães (Investigadora pósdoutoramento no Instituto de Investigación Biomédica da
Corunha)

 

18-20:         Em carne viva. Recital com as poetas Susana Arins, Tiago A. Costa, Mário Herrero, Concha Rousia.

 

28/06 Pontos críticos

 

10-11:30:     Argumentos céticos ou contrários ao galego internacional. Antón Dobao (linguista na CRTVG)

 

12-13:30:     Que se passa com as mulheres e a língua? Mesa redonda.

Moderadora: Llerena Perozo (editora).

Participantes: Susana Arins (prof. ensino secundário), Antia Cortiças (prof. na EOI), Raquel Miragaia (prof. ensino secundário).


16-17:30:    Documentário Porta para o exterior e debate com @s autor@s. Sabela Fernández e José Ramon Pichel.

 

18-20:00: Editar no padrão internacional, o que pensam as editoras. Mesa redonda. Moderador: Roberto Samartim (prof. da UDC). Participantes: Manuel Bragado (Xerais), Francisco Castro (Galaxia), Teresa Crisanta Pilhado (Através), Rafael Xaneiro (Axóuxere).

 

29/06 A obter conclusões


10-11:30:     O futuro da língua em cifras. Jorge Mira (prof. da USC)

 

12-14:00:    Pode o audiovisual acelerar o encontro cultural galego-português? 
Moderadora: Fernanda Tabarés (dir. de Voz Audiovisual).

Participantes: Fernando R. Ojea, dir. de Contidos da CRTVG e Teresa Paixão, diretora de programas RPT2.


16-17:30:     Stop Apartheid e conclusões do curso. Mário Herrero (tradutor, poeta e investigador) e Teresa Moure (prof.da USC).


18-19:30:     Palestra de clausura: Língua, cultura e comunidade galega: Tentativas para maior coesão e satisfação. Elias J. Torres (prof. da USC)

 

19:30           Entrega de diplomas

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Carta aberta ao Presidente do Governo Autónomo da Galiza

A Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associaçom Galega da Língua e a Fundaçom Meendinho, com a adesão da Associaçom de Estudos Galegos, enviam carta ao Presidente do Governo Autónomo da Galiza, Alberto Núñez Feijoo, a respeito da Lei para o Aproveitamento da Língua Portuguesa e Vínculos com a Lusofonia, aprovada no Parlamento autónomo em março de 2014. Reproduzimos o texto na íntegra.

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Academia Galega publica entrevista à Diretora Geral da CPLP

A Academia Galega da Língua Portuguesa divulga uma entrevista à Doutora Georgina Benrós de Mello, Diretora Geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que foi registada o dia 7 de abril, durante a sua assistência ao II Encontro de Mulheres da Lusofonia. A Diretora Geral responde perguntas sobre a importância das mulheres na CPLP, a possibilidade de a Galiza vir a fazer parte desse organismo internacional, e uma valorização do trabalho da AGLP e do próprio Encontro de Mulheres que se estava a desenvolver na Casa da Língua Comum, sede da AGLP, em Santiago de Compostela

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Dia da Língua Portuguesa e Cultura na CPLP

O 5 de maio é o dia instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para organizar atos que celebrem o dia da Língua Portuguesa e Cultura na CPLP. Este ano, pela primeira vez, a Academia Galega da Língua Portuguesa vai colaborar nesta celebração, em coerência com a sua admissão na categoria de observador consultivo desse organismo internacional, em julho de 2017.

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Academia Galega participa no VIII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, em Cabo Verde.

Organizado pela Câmara Municipal da Praia e a UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, terá lugar nessa capital, de 19 a 21 de abril, um novo Encontro de Escritores, que reunirá personalidades de diversas latitudes. O evento contará com a participação do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, bem como o Presidente da UCCLA, Vítor Ramalho, e diversas personalidades e escritores de Angola, China, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Pela Galiza, em representação da Academia Galega da Língua Portuguesa, estará presente a académica e escritora Concha Rousia, que intervirá com uma comunicação subordinada ao título "Mudança de narrativa linguística na Galiza". O encontro inclui atividades paralelas como uma mostra / feira do livro, a exposição "Praia e Literatura", ou visita ao Tarrafal.

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II Encontro de mulheres da Lusofonia

II Encontro de Mulheres na Lusofonia: Mulheres, Territórios e Memórias

Santiago de Compostela. 6, 7, 8 de abril

A Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associação Pró-AGLP e a UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta organizam o II Encontro de Mulheres da Lusofonia: Mulheres, territórios e memórias. O encontro visa criar uma rede plural feminista de mulheres do espaço lusófono, potenciando um entrecruzamento de diálogos, de experiências e de conhecimento.

O Encontro conta com o apoio da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa dos Observadores Consultivos da CPLP, do Concelho de Santiago, da Livraria Lila de Lilith de Compostela, do Museu do Aljube. Resistência e Liberdade de Lisboa, do Projeto Cárcere da Corunha, da Marcha Mundial das Mulheres-Galiza, da Plataforma Femista Galega, da Ondjango Feminista (Angola) e da Fórum Mulher (Moçambique). 

 

CPLP apoia “II Encontro de Mulheres da Lusofonia: Mulheres, territórios, memórias”

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Academia disponibiliza inventário da biblioteca Fontenla.

O sábado 30 de dezembro, pelas 10 horas terá lugar na Casa da Língua Comum, sede da Academia Galega da Língua Portuguesa, um ato público de homenagem a José Luís Fontenla Rodrigues, em que intervirão o presidente da Academia, Rudesindo Soutelo, o académico Joám Trilho, que recordará a intensa atividade cultural, cívica, editorial e política do protagonista, durante quase 5 décadas. Seguidamente o professor Luís Fontenla (filho) e finalmente o próprio homenageado e doador da biblioteca, José Luís Fontenla Rodrigues.

 

O ato servirá para fazer entrega à família Fontenla do inventário e catálogo da biblioteca, com mais de 9200 títulos, trabalho realizado sob a responsabilidade de Joám Trilho durante a sua etapa de arquiveiro da AGLP.  Na mesma jornada o catálogo será disponibilizado, para consulta pública, na página web www.academiagalega.org

 

Lugar: Casa da Língua Comum - Rua de Emílio e de Manuel, 3, r/c

(Castinheirinho) - 15702 Santiago de Compostela

 

 

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AGLP na Comissão Temática da Língua Portuguesa da CPLP

A Academia Galega da Língua Portuguesa foi admitida na Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, dos Observadores Consultivos da CPLP, na sessão que teve lugar o dia 21 de novembro, da qual fazem parte instituições da sociedade civil de diversos países de língua portuguesa, às quais adere a AGLP, na sequência da concessão do estatuto de Observador Consultivo da CPLP, acordado pela XXII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP realizado em Brasília em 20 de julho de 2017.

A Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa é uma estrutura operacional criada no âmbito dos Observadores Consultivos da CPLP que desenvolve actividade específica de debate e de troca de experiências sobre temas da sua área de competência, com vista à identificação e partilha de boas práticas e da implementação de projectos comuns, sempre enquadrada na ação geral prosseguida pela CPLP e com observância do estabelecido no Regulamento dos Observadores Consultivos.

No espaço da internet da Comissão indica-se que «A adoção do Plano de Ação de Brasília para a Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, em 2010, permitiu a criação de um instrumento que pudesse constituir a base de atuação nesta matéria. Foram identificadas as prioridades de implementação da língua portuguesa nas organizações internacionais; a promoção da língua portuguesa, nomeadamente através do ensino da língua no espaço da CPLP e do seu fortalecimento como língua estrangeira; a implementação do Acordo Ortográfico, que privilegia a existência de terminologias científicas e técnicas harmonizadas em todo o espaço da CPLP; a difusão pública, através da produção e disseminação de conteúdos audiovisuais em língua portuguesa; a importância e especificidade das diásporas, que são muitas vezes os embaixadores da língua portuguesa pelo mundo fora; e a participação da sociedade civil, na concretização das metas políticas».

Atualmente a sua coordenação corresponde à Doutora Maria Helena Melim Borges, em representação da Fundação Calouste Gulbenkian, com sede em Lisboa.

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