Info Atualidade (459)

AGLP adere ao Conselho das Academias de Língua Portuguesa


A Academia Galega da Língua Portuguesa aderiu ao Conselho das Academias de Língua Portuguesa que, presidido pelo professor Doutor Adriano Moreira, reúne as academias portuguesas de História, Medicina, Marinha, Engenharia e Belas Artes, bem como a Academia das Ciências de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Academia Internacional da Cultura Portuguesa e Sociedade da Língua Portuguesa.

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Comissão de Relações Internacionais e IGESIP relançam Revista de Estudos Internacionais e da Paz

Capa dos números 9-10 de "*asteriskos" 

A Quinta Reunião Plenária da Academia Galega da Língua Portuguesa, que teve lugar em Santiago de Compostela em 26 de junho de 2010, acordou criar a figura dos Institutos Associados bem como a da Comissão de Relações Internacionais (CRI). A primeira entidade associada foi o Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz (IGESIP), com que a CRI passou a colaborar nos âmbitos de interesse comum.

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O professor Higino Martins na Galiza

Higino Martins, no centro, num jantar em Compostela

Como já informámos anteriormente, o académico Higino Martins Esteves, galego na diáspora argentina, acudiu como relator ao III Congresso Internacional sobre a Cultura Celta, «Os Celtas da Europa Atlântica», celebrado em Narom nos dias 15-17 de abril e organizado pelo Instituto Galego de Estudos Célticos (IGEC), em cujo Comité Científico figuram os académicos da AGLP Joám Evans Pim e o próprio Higino Martins.

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O grande êxito da AGLP

Artur Alonso Novelhe assinando um exemplar do poemário "Filhos da Brêtema"

Artur Alonso Novelhe

Com o decorrer dos anos, na Galiza a escolha lingüística, a nosso ver, esta encadeada num futuro quase imediato, a duas tendências complementares ou contrapostas e em harmonia ou em confronto: o Castelhano e o Galego do Acordo Ortográfico.

A norma isolacionista não tem futuro num mundo globalizado e, a Galiza não tem nenhum interesse e oporem-se a mundialização, antes tudo o contrário, dada a sua condição de país atlântico e raiz cultural compartilhada com povos celtas e lusófonos.

Tendo em conta que são as elites dominantes e os grupos de pressão social, mas não os povos, os orientadores das políticas econômicas, educativas e culturais a serem implementadas, em um determinado período conforme os seus interesses, aguardar pela resistência medúlica ou desafio irreverente dum povo firmemente solapado trás os seus costumes, funciona no máximo, para um par de gerações.

Ao verificar-se e consolidar-se uma determinada onda dirigida, as mudanças tornam-se inevitáveis e os povos pouco mais tem a aguardar que a morte ou adaptação à nova realidade. Aliás, muitos desconfiamos dos povos como protagonistas determinantes do processo histórico.

O trabalho, o movimento feminista, o ecologista, o agrarista, a aristocracia, o Capital... sim têm protagonizado capítulos da história, com maior ou menor sucesso, mesmo confrontos muito violentos com forças que lhe eram antagônicas, como as lutas entre capital e trabalho, durante os séculos XIX e XX.
Mas os povos não deixaram de ser guiados e cativados por determinados ideais, por certas correntes em expansão, e empurrados ou dirigidos pelas elites que as representavam, a fim de impulsionar um processo determinado, mais renovador, mais conservador, mas social ou grupal.

Segundo o desenvolvimento lógico galego, desde a derrota de 1936, que deu ao movimento galeguista a ultima oportunidade de reverter a consolidação dum modelo alheio as necessidades e peculiaridades do território galego, e mais tardiamente com a implantação do modelo autonômico e superação atrasada do franquismo, a consolidação do castelhano na Galiza é hoje uma realidade imutável. E mais a tendência a expandir-se até os últimos redutos rurais onde o galego vigorava com caráter de principal comunicador, e pela contra a tendência lógica a contração do nosso idioma ate nos últimos redutos virgens mais afastados da geografia pátria, é hoje um fato, acelerado a nosso entender graças às formidáveis ferramentas globais com que conta o castelhano, incluindo a mídia de referência hispana.

Nem o muito bem organizando, ainda que fraco e muitas vezes divido movimento reintegracionista, podia aguardar mais além que manter um facho aceso em meio da densa névoa, com a esperança de escampar num longínquo amanhecer esta longa noite de brêtema.  
A sorte dava no máximo aos galegos e galegas a oportunidade de se virar para o padrão português, como variante lingüística do mesmo tronco comum, para aproveitar as facilidades que este podia fornecer, a todos os níveis da evidência: cinema, música, literatura, viagens, estudos, trabalho...

Mas agora com o vigorar do Novo Acordo Ortográfico em toda a lusofonia ou galeguia, e com a atitude estrategicamente inovadora da AGLP, ao introduzirem nos dicionários lusófonos léxico autóctone da Galiza, aos cidadãos e cidadãs galegas abrem-se novos e largos horizontes: por um lado, o reconhecimento de pleno direito da pertença a uma comunidade muito mais ampla e ativa do que as quatro províncias e comarcas a que muitos quiseram ver a fala restrita; o agradecimento e empatia por parte dos nossos irmãos lingüísticos de todos os cantos do planeta, ao irem descobrindo aos poucos ser a velha Gallaecia o berço da sua língua (da nossa língua comum) e a necessidade de juntos cuidarmos este patrimônio, assim como o florescimento da mesma na terra que a viu nascer, pois bem sabido é que se esta flor galega murchasse todas as raízes idiomáticas ficariam enfraquecidas.

  • Por outra banda, a possibilidade de escolha preferencial para nossa comunicação individual e coletiva, dentro e fora das nossas fronteiras.
  • A capacidade de potenciação dos poderes culturais e econômicos, se souberem aproveitar a grande riqueza que este universo comum fornece de imediato.
  • A criação duma consciência social orgulhosa da sua identidade, não excludente, mas tampouco auto-excluída.
  • A nova perspectiva dos grupos de presencia cívica e luta social ou ambiental, para ampliar seu âmbito de relação e reivindicação na sua própria língua nativa.
  • Além das oportunidades que para a Galiza em conjunto teria, se as soubesse aproveitar, as redes de comunicação lusófona, como a futura implementação da TV global lusófona, com o patrocínio de Portugal, Angola e o Brasil, e onde, de um jeito ou outro, a Galiza terá de ter presença.

Se em algum momento da nossa historia coletiva futura esta tendência galega mundial que agora estamos a construir abrolhar, com segurança muito poucos hão de lembrar que tudo isto começou graças a um pequeno grupo de pessoas, ativistas, intelectuais, acadêmicos, artistas... que em torno da AGLP, e junto ao trabalho incansável e não remunerado da Comissão Lexicográfica da mesma, tiveram a coragem de colocar o galego a par das outras variantes faladas pelos nossos irmãos de aquém e alem os mares.

A maiores da alegria e amor com estes irmãos e irmãs sempre nos receberam, de mãos dadas e braços abertos, considerando sempre em qualquer tipo de evento onde a Galiza esteve representada, que nós os galegos e galegas, sempre tínhamos algo de interesse a dizer.

Seja, pois este artigo uma humilde homenagem a todos estes homens e mulheres que formaram no seu coração a semente da salvação de toda uma cultura e uma universal identidade.

Fonte original:

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José Ramom Pichel parabeniza trabalho da AGLP

José Ramom Pichel Campos

O Portal Galego da Língua reproduz um interessante artigo assinado pelo empresário José Ramom Pichel Campos e publicado há uns dias no jornal Galicia Hoxe. O artigo, sob o título "Flipando" ("Alucinando"), parabeniza o trabalho da Academia Galega bem como a sua estratégia a respeito da língua.

É bem sabido que desde os anos 80 a estratégia maioritária dentro dos defensores da nossa língua é que o galego é uma língua independente do português de Portugal e também do português do Brasil. Embora inicialmente a força dos que defendiam que o galego é uma variante genuína e a matriz do resto de variantes portuguesa e brasileira, era bastante importante, essa força foi diminuindo embora esteja agora a viver um segundo renascimento. Mas eu venho falar de tecnologia.

É Agosto, fai calor e duas notícias estão a passar desapercebidas em muitos jornais em papel e também nos meios audiovisuais. A Academia Galega da Língua Portuguesa, uma associação da sociedade civil integramente formada por galegos e galegas que promovem essa estratégia luso-brasileira para o falado na Galiza conseguiu incluir 1.200 palavras galegas nos dicionários das Academias Portuguesa e Brasileira, e também no corretor ortográfico da maior empresa de tecnologia linguística de Portugal chamada Priberam.

Vou repetir doutro jeito para explicar-me melhor. Imaginemos que existe uma Academia da Língua na Galiza que fai que em Itália ou na França incluam 1.200 palavras galegas nos seus dicionários e que digam que a partir dai esses termos pertencem ao italiano ou ao francês. O que significaria em termos práticos? Em primeiro lugar, Itália e França estaria dizendo que o galego é uma forma válida do italiano ou do francês. Em segundo lugar, significaria que quando uma pessoa quer aprender italiano ou francês vai aprender que palavras como: angueira, arela, argalhar, balor, balorento, cachelo, croio, cóxegas, esmendrelhar, espido, fervença, langrao, malpocado, teito, xurdir, xenreira, zaragalhada, hô!, etc. também são italiano ou francês.

Pois bem, a AGLP acaba de conseguir que essas palavras se incluam nos dicionários de Portugal e do Brasil, o que significa de fato que Portugal e Brasil reconhecem que o galego é uma forma tão genuína e tão válida do idioma conhecido internacionalmente como português, como as variantes portuguesa e brasileira. A Priberam portuguesa acaba de incluir no melhor corretor ortográfico de Portugal e do Brasil chamado FLIP todos estes termos galegos como válidos para usar em qualquer texto que se gere na Lusofonia. A AGLP com menos de três anos de existência acaba de colocar o galego no grande mundo de possibilidades que nos espera, agora que a economia espanhola aponta claramente pola internacionalização e polo Brasil para sair desta crise. Flipante.

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Novas da Galiza entrevista Carlos Amaral, administrador da Priberam

Carlos Amaral, administrador da Priberam

«O protocolo com a AGLP permite-nos alargar o nosso trabalho à variante galega do português»

E. Maragoto - A Priberam é umha empresa portuguesa especialista na concepçom e desenvolvimento de software, nomeadamente nas áreas lingüística, jurídica e da saúde. A mais conhecida delas é a primeira, que dispom de ferramentas para o uso correcto da língua.

O dicionário da Priberam, que vai incluir 1200 palavras galegas entre os seus verbetes na seqüência de um protocolo assinado com a Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), é talvez o mais usado do mundo lusófono, registando um milhom de consultas diárias. Por enquanto, os termos galegos já fôrom integrados no Vocabulário da Priberam, e serám incorporados ao dicionário em breve. Segundo o administrador da empresa Carlos Amaral este seria só um primeiro passo na integraçom de mais conteúdos galegos, como fraseológicos ou sintácticos.

EM: A Galiza, com esta iniciativa, obtém um reconhecimento internacional inédito. O que vos motivou a dar o passo: estratégia comercial, sensibilidade para as diferentes variantes do português na seqüência do Acordo Ortográfico (AO) de 90 ou simplesmente a negociaçom de um protocolo com a AGLP?

Carlos Amaral: Em primeiro lugar a sensibilidade para as diferentes variantes do português e que é anterior ao AO. Como fornecedor das ferramentas de revisom para português da Microsoft, sabemos a responsabilidade que pesa sobre nós na promoçom e defesa da língua e temos procurado sensibilizar empresas como a Microsoft e a Apple, entre outras, para o facto de tal como os seus produtos prevêm 15 variantes de francês, 18 de inglês e 21 de espanhol, também o português nom se resume às variantes de Portugal e do Brasil. Para além destas duas variantes para as quais já temos produtos de referência como o FLiP e o Novo Corretor Aurélio, temos vindo a desenvolver algum trabalho noutras variantes e o protocolo com a AGLP permite-nos alargar o nosso trabalho a mais essa variante do português.

EM: Este passo é importante para a comunidade de fala galega em geral, mas sobretodo para quem defende que as falas galegas se devem grafar à portuguesa. Em que medida é consciente a Priberam disto?

CA: Quando fomos os primeiros a disponibilizar ferramentas de revisom com suporte para o Acordo Ortográfico, antecipando-nos ao lançamento dos primeiros vocabulários, sabíamos que iríamos ter apoiantes e críticos. Apesar disso figemolo mantendo umha posiçom neutra face ao AO e deixando a escolha da grafia a utilizar a todos os que utilizam os nossos produtos e serviços.

Os jornais que já adoptaram ou pensam vir a adoptar o AO utilizam o FLiP, o mesmo acontecendo em muitos outros que ainda nom o figérom. O nosso papel é facultar os meios necessários para escreverem bem em português independentemente da variante ou grafia. O protocolo com a AGLP também terá pessoas pró e outras contra mas se podemos ajudar mais um conjunto de pessoas, independentemente do seu número, a escrever bem português tendo em conta a sua especificidade, é isso que continuaremos a fazer, seja para quem quer escrever português na Galiza, em Timor-Leste ou em Macau.

EM: Na Galiza também há pessoas contrárias a essa convergência linguística com o outro lado do Minho. Já receberam críticas por esta iniciativa?

CA: Nom, até agora apenas felicitaçons.

EM: O Protocolo assinado com a AGLP nom pára por aqui. Em que se vai reflectir no futuro?

CA: O próximo passo é definir as palavras agora incluídas no Vocabulário Priberam no nosso Dicionário, o dicionário de língua portuguesa mais consultado hoje em dia. É um trabalho que já está a ser coordenado pela AGLP.

EM: Com um milhom de consultas diárias, que importáncia podem ter as visitas provenientes de um povo pequeno como é o da Galiza?

CA: A Priberam quer continuar a promover a língua portuguesa na sua diversidade através da disponibilizaçom de produtos e serviços à escala global. Somos a única empresa a disponibilizar esses mesmos produtos e serviços para as variantes de Portugal e do Brasil, pré e pós-AO. Mas queremos ir mais longe criando recursos específicos para todas as variantes do português.

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Primeira ediçom na norma internacional portuguesa do "Sempre em Galiza"

 Capa do "Sempre em Galiza"Capa da separata "Sempre Castelao"

Os académicos Fernando Vásquez Corredoira, Ernesto Vásquez Souza
e Luís Gonçales Blasco, "Foz" trabalharam nesta nova edição

PGL - O Sempre em Galiza inaugura a colecçom ATRAVÉS | DE NÓS da ATRAVÉS | EDITORA. A obra magna de Castelao apresenta-se agora na sua primeira versom na norma internacional portuguesa. Umha ediçom fruto do de professor Fernando Vásquez Corredoira, autor da adaptaçom, que contou com a colaboraçom de Ernesto Vásquez Souza para as notas a rodapé.

Miguel R. Penas, vice-presidente da AGAL e diretor da ATRAVÉS | EDITORA, afirma que estas anotaçons tornam a ediçom na mais completa e na mais útil para entender a obra no seu contexto sócio-político e histórico. Penas explica, ainda, que o Sempre é «um dos alicerces ideológicos em que se apoiou o nacionalismo galego para se reconstruir após a barbárie fascista que começou no ano 1936, e da qual ainda hoje padecemos conseqüências bem diretas na Galiza».

É este um livro fundamental para conhecermos a Galiza, para nos aproximar do nosso país e da sua História e para sermos capazes de interpretar o porquê de um movimento como o nacionalismo galego, o galeguismo político, que tem umhas caraterísticas próprias e que promove desde há quase cem anos a conceçom da Galiza como umha naçom.

O diretor da ATRAVÉS indica às e aos leitores da Galiza e de Portugal que devem reparar «em que estamos diante da obra que compila e mostra a amplitude do pensamento político de Alfonso Daniel Rodríguez Castelao. Umha figura totalmente desbordante da Galiza do século XX», porque Castelao, junto a Rosalia de Castro, «som duas personagens que escapam do plano meramente cultural, literário ou político para se tornarem em dous mitos populares galegos, isto é, duas figuras assimiladas totalmente polo imaginário coletivo do povo galego».

No caso concreto do autor rianjeiro, estamos perante um criador multifacetado, que construiu um espólio onde encontramos teatro, pintura, quadrinhos de jornais, relatos, romances... e um intenso trabalho político, chegando a ser deputado do Partido Galeguista (PG) nas cortes da IIª República espanhola. «É por tudo isto que a Associaçom Galega da Língua entendeu que a obra deste galego universal devia ser difundida ao máximo, e sobretudo no resto da Lusofonia, onde tantas vezes a Galiza passa por ser uma grande desconhecida», explica Penas.

O livro acompanha-se, ainda, de umha separata, Sempre Castelao, no qual tomam a palavra umha série de pessoas que som boa mostra da herança política que Castelao deixou ao povo galego. Camilo Nogueira, um dos redatores do anteprojeto de Estatuto de Autonomia de Galiza de 1981 e primeiro eurodeputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG) de 1999 a 2004; Francisco Rodríguez, especialista em autores galegos como Curros Enríquez ou Rosalia de Castro, membro da Executiva do BNG e deputado no Congresso espanhol de 1996 a 2008; Xosé Manuel Beiras, economista, porta-voz nacional do BNG desde a sua fundaçom em 1982 até 2003 e porta-voz no Parlamento do BNG de 1985 até 2003; Margarita Ledo, catedrática de comunicaçom audiovisual da Universidade de Santiago e diretora do semanário A Nosa Terra de 1977 a 1980; Encarna Otero, professora de História e vice-presidenta do Concelho de Santiago de Compostela de 1999 até 2003; e Luís Gonçales Blasco 'Foz', membro da comissom linguística da AGAL e da Academia Galega da Língua Portuguesa; som vozes o suficientemente autorizadas para nos achegarem a figura de Castelao e a sua obra.

Fonte original:

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