IX edição do festival ‘Português Perto’ em Ourense

Fonte: PGL

 

O próximo dia 29 de março chega a Ourense a IX edição do festival ‘Português Perto. Aquelas nossas músicas‘, organizado pola Vice-Reitoria do Campus de Ourense-Universidade de Vigo em colaboração com a Pró-Academia Galega da Língua Portuguesa (Pró-AGLP), a Associaçom Galega da Língua (AGAL) e a AC. Algaravia. O evento decorrerá até 6 de abril e achegará à cidade obradoiros, concertos e um roteiro arredor das músicas e líricas galegas e portuguesas.

“Pessoas e realidades que falam a nossa língua com diferentes musicalidades, cores, sabores e formas. Vamos fazer uma viagem pela língua portuguesa e a sua música. Vem connosco! Redescobre a Galiza através do Brasil, Angola, Portugal…”, animam desde a própria organização do festival.

O disparo de saida do evento será às 20 horas da sexta-feira 29 de março com o obradoiro ‘Danzas tradicionais portuguesas‘, da mão de Ana Silvestre. Será na Sala Emilia Pardo Bazándo Edifício de Facultades, onde às 22 horas o público poderá gozar também com um concerto de AnaMarSe Trío e Amoras Maduras, dentro da festa tradicional itinerante Venrespirar. Esta primeira jornada fechará com uma foliada aberta. Aquelas pessoas interessadas em participar podem inscrever-se através do Facebook da AC Algaravia ou no telefone 677090949.

‘Português Perto’ continua caminho na segunda-feira 1 de abril às 10.30 horas com uma atividade organizada por AGAL. A psicóloga e professora Graciela Lois ministrará o ateliê sobre língua e cultura lusófona Ops! O Português Simples que decorrerá na Sala 1.1. da Faculdade de Ciências Empresariais e Turismo ourensã.

Na mesmas semana, a quinta-feira 4 de abril, o festival prepara motores para o seu clímax com um concerto de hip-hop às 20 horas. Desde a própria Galiza vêm García MC & Dj Mil para se unir com Pegkagboom, Umano & Dj Kosn, que chegam desde São Tomé e Príncipe para oferecer uma sessão de música e ritmo ao público assistente à Sala Emilia Pardo Bazán do Edifício de Faculdades.

Por último, a jornada de 6 de abril começa às 10 horas com o roteiro Áuria Sueva desde a Praza Maior de Ourense . Também há programadas visitas ao Museu Provincial e o antigo Palácio Real Suevo (às 10.30 horas), ao Mosteiro de época Sueva de São Pedro de Rochas (em Esgos, às 11.30 horas) e à fortificação militar sueva em Paradela (Nogueira de Ramoim, às 12.30 horas). O almoço será em Luintra, paróquia deste mesmo concelho, às 13.30 horas.

José Manuel Barbosa abrirá o turno de tarde às 16.30 com a palestra ‘O Reino Suevo’. Será nos locais da Associação de Carrileiros de Ourense, na rua Canle, s/n, bairro de São Francisco, situado ao lado do Auditório de Ourense e do Mosteiro de São Francisco, no antigo quartel. O festival botará o feche até o próximo ano às 19 horas, com uma visita a Santa Comba de Bande e uma ceia na Arca da Noe, em Vilar de Santos.

O Português Perto nasce para aproximar a cultura lusófona ao público universitário e o de Ourense em geral, para que sintam a Lusofonia como lugar próprio da cultura galega. Para mostrar aquele nosso mundo linguístico e cultural; para evidenciar que, como galegas e galegos, podemos desfrutar da produção artística, musical ou cultural de Brasil, Angola, Portugal, Moçambique, Cabo Verde… interatuar com mais de 230 milhões de pessoas.

Ainda, para o público ver que, com a sua língua tem um horizonte cultural e linguístico muito mais amplo, para tentar quebrar os preconceitos e fronteiras que a maioria das pessoas colocam, e conseguir que sejam conscientes do mundo de possibilidades que esta via abre.

 

O evento no Fb: Português Perto

 

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Homenagem a Eugénia Neto

O município de Montalegre rende homenagem a mais um "filho da terra". Acontece esta tarde, pelas 16 horas, no salão dos Paços do Concelho. Falamos da barrosã Maria Eugénia Neto que entre outras curiosidades, foi casada com o antigo presidente angolano, Agostinho Neto.

Maria Eugénia Neto nasceu em 1934, em Montalegre e cresceu em Lisboa. Estudou desenho e línguas estrangeiras e participou nos coros do Conservatório Nacional Português. Publicou os seus primeiros poemas e artigos na imprensa portuguesa.
Em 1948, num círculo de intelectuais africanos, conhece Agostinho Neto, com quem viria a casar-se 10 anos depois. Durante a luta armada de libertação nacional, prestou um valioso contributo à cultura pela divulgação de poesia em programas de rádio e publicação de artigos e poemas em jornais no estrangeiro. Chegada a Angola, foi diretora do Boletim da Organização da Mulher Angolana, que era traduzido em francês e inglês.
Publicou, entre outros títulos: «...E nas florestas os bichos falaram» (conto/1977), livro que mereceu o Prémio de Honra da comissão cultural da então RDA e o de exposição no certame «Os mais belos livros do mundo», realizada em Leipzig, «Foi esperança e foi certeza» (poemas, Luanda 1976 - 1.ª edição, Luanda, 1985 - 2.ª edição), «O soar dos kissanges» (Luanda, 2000). A autora encontra-se traduzida em diversas línguas.
Eugénia Neto é sócia honorária da Academia de Letras de Trás-os-Montes desde o dia 25 de julho de 2015.

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22º PLENO DA AGLP

Na Casa da Língua Comum (Rua de Emílio e de Manuel, 3, r/c - Santiago de Compostela),  às 11.00 horas do sábado, 29 de dezembro de 2018, realizou-se o 22º pleno da Academia Galega da Língua Portuguesa. 

Entre outros assuntos, apresentou-se e submeteu-se a votação o Plano de Atividades para o ano 2018 e as candidaturas a novos académicos de número e correspondentes.

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Congresso "Património e Fronteira"

Decorre dos dias 8 a 9 de novembro em Santiago de Compostela o Congresso "Património e Fronteira", organizado pelo Consello da Cultura Galega, com o apoio da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa da CPLP, e da Universidade do Minho.

http://consellodacultura.gal/evento.php?id=200740

 

O evento, que contará com a presença da Diretora Geral da CPLP, Georgina Benrós de Mello, articula-se em três mesas de debate, sob os rótulos "Fronteiras que unem", "Fronteiras que separam" e "Construindo Fronteiras, Deconstruindo Realidades", incluindo nove oradores, galegos e portugueses.

 

A Diretora Geral da CPLP manterá reuniões com os quatro grupos políticos do Parlamento da Galiza, o que põe de manifesto a importância desta visita institucional. Ainda, na Casa da Língua Comum, tem previsto realizar encontros com a Academia Galega da Língua Portuguesa, entidade que desde 2017 tem o reconhecimento de observador consultivo da CPLP, e com uma representação de associações culturais galegas orientadas ao relacionamento com o âmbito lusófono.

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Tomada de Posse da professora Inocência Mata

O Presidente da AGLP, Rudesindo Soutelo, anuncia que o sábado 29 de setembro terá lugar o ato de tomada de posse, como académica correspondente, da doutora Inocência Mata, na Casa da Língua Comum, em Santiago. O discurso de receção será a cargo do académico de mérito José Luís Fontenla.

Inocência Mata nasceu em 1957 em São Tomé e Príncipe, fez os estudos secundários em Angola e vive em Portugal desde 1980. Manteve relação com o Movimento Lusófono Galego desde muito cedo, servindo de ponte para a abertura da Galiza a outras realidades culturais que se desenvolvem na nossa língua, em África. Prova dessa colaboração é o seu livro Pelos Trilhos da Literatura Africana em Língua Portuguesa, publicado pelas Irmandades da Fala da Galiza e Portugal na sua Coleção Cadenos do Povo - Ensaios. Ponte Vedra / Braga (1992).

Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tem publicados diversos livros a numerosos artigos sobre literatura em língua portuguesa e estudos pós-coloniais.

 

Ato aberto ao público. HORA : 12:00

MAPA CASA DE LÍNGUA COMUM

 

ANEXO : CURRÍCULO E BIBLIOGRAFIA

 

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XII CIMEIRA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CPLP

Está a decorrer, nos dias 17 e 18 de julho, a XII Cimeira dos chefes de Estado e do Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Vila de Santa Maria, ilha do Sal, em Cabo Verde. A data coincide com o aniversário da CPLP, que assinala 22 anos de existência no dia 17.

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ENCONTRO DE LEXICOLOGIA: OS NOVOS VOCABULÁRIOS ORTOGRÁFICOS

A Academia Galega da Língua Portuguesa organiza um encontro de Lexicografia, subordinado ao tema dos novos vocabulários ortográficos, que terá lugar o dia 21 de julho na Casa da Língua Comum, em Santiago de Compostela, com início às 12 horas, com os seguintes oradores:

 

    Ana Salgado: «Apresentação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa em linha, da Academia das Ciências de Lisboa».

    Carlos Durão: «O Vocabulário Ortográfico da Galiza como contributo ao Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa».

    Isaac Alonso Estraviz: «Critérios lexicográficos orientadores da atualização do Dicionário Estraviz».

 

A introdução do Acordo Ortográfico nas políticas dos países de língua oficial portuguesa, especialmente a partir de 2008, conduziu à progressiva atualização e adaptação de diversos instrumentos normativos como dicionários, vocabulários ortográficos e corretores informáticos, bem como à criação de novos materiais de apoio ao consulente ou estudante. Assim, pode encontrar-se vocabulários nacionais e o Vocabulário Ortográfico Comum.

 

Neste processo, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, organismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tem assumido a responsabilidade da coordenação das diversas Comissões Nacionais e, em último caso, das decisões sobre a escrita correta de algumas formas lexicais que, atendendo à literalidade do texto do Acordo Ortográfico de 1990 ofereciam dúvidas interpretativas.

A tomada de decisões, bem como os vocabulários ortográficos produzidos desde 2008, entre os quais o Vocabulário Ortográfico da Galiza, da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da AGLP, e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa, podem ser de interesse e utilidade para os estudantes, investigadores e autoridades interessadas na política linguística, constituindo contributos úteis para a dinamização de uma área de conhecimento, a Lexicografia, em permanente atualização.

O Encontro terá lugar na Casa da Língua Comum, rua de Emílio e de Manuel, 3, r/c Santiago de Compostela. Entrada livre.

 

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ETIMOLOGIAS obscuras ou esconsas

Eis uma presa de etimologias achadas ao longo de trinta e cinco anos de pesquisas, muitas já publicadas em atas de congressos, em revistas, no livro sobre As tribos calaicas ou na Rede. As notícias certamente valem se atinam, mas é que estas ainda não tiveram a ocasião de serem refutadas.

Dificuldades há, muitas e complexas. A cultura galega não é viável na conjuntura. As periféricas no estado espanhol não fruem de muita simpatia. Aliás, a projeção da língua portuguesa no mundo ainda não tem o peso proporcional à dimensão demográfica. Lavrar nessa seara não é apenas um labor necessário. Também é labor que dá felicidade, o que é prova da certeza da singradura. E já se sabe que navegar é necessário.

A ordem foi complexa. Reflete o tempo em que essas origens foram surgindo. Repeti, isoladas, algumas já inseridas em conjuntos, se a importância aconselhou salientá-las: eis os vocabulários do calçado arcaico e o da insânia. A preguiça e a imperícia são as autoras do resto das mágoas. Se há mérito é o da ingenuidade e a ousadia; o pecado que não quis cometer é o de calar o que me parecia claro, mesmo sem os antecedentes do académico decoro. Prefiro ser o rapaz que vê a nudez do rei e correr o risco de ficar envergonhado.

Ao cabo surge um quadro nítido da situação linguística do oeste da península (também do resto) no milénio primeiro. Foi surpreendente dar com provas da pervivência de uma língua indo-europeia pré-romana de tipo céltico até os arredores do ano mil, coexistindo com um latim republicano assaz arcaico. A língua pré-romana mostra um perfil próximo do céltico goidélico. Foi falada por toda a península, como materna ou como franca (nos iberos e bascos). Por muito tempo pôde evitar-se a questão sob pretexto de as palavras pré-romanas óbvias serem de datação impossível. Assim ficava inconteste a ideia de a latinização ser quase fulminante.

Mas ora antropónimos (Orraca, Ordonho), topónimos (Samos) e apelativos (esquerda) destruem o cómodo da data incerta e desafiam qualquer a rebater. A par, muitas outras palavras roboram mais cada vez a condição céltica da língua tanto tempo esquecida, céltico de labiovelar intacta, de tipo goidélico. O número de palavras do fundo céltico é esmagador. A falta no nosso âmbito de estudos sistematicos de linguística céltica somente em parte pode explicar um silêncio tão prolongado, que cada vez se parece mais com a nudez do rei do conto de Andersen.  

 

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